quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Carta VI



    A vontade de falar as vezes se torna tanta mas as palavras são tão poucas. E o tempo parece párar e nunca avançar para onde eu quero ir. A essência se transforma em saudade e esta em uma dor que fere os olhos do meu espírito.

   O frio que me distancia de vós, dos teus braços é o mesmo que congela minhas lágrimas a beira do lago. O vento sobrenada pelos campos até em minh’alma entrar e em minhas vestes tocar como se fosse as tuas mãos.

   Beije-me, ó flor do meu coração que tens os lábios molhados por lágrimas. Que tens os olhos da minha emoção. Quando sonhares encontre-me nos campos verdes onde repousa em terno sono meu corpo ao lado dos lírios.

    Sussurro ao vento a minha saudade, e ao vento entrego o que sobrou das minhas lágrimas. Que tão infeliz sou sem vós, que tão sozinho sou sem teu carinho, sem o teu perfume; Pois tranco- me em mim mesmo em tamanho desalento que sofro e choro...

    Agora no findar de tais palavras, quero dizer que sois tu a minha flor do sol, meu doce e alvo lírio do mar.

Múcyo Alexandre (10/02/2008)

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