A esperança é como a aurora de todas os dias que atravessam meus olhos e toca meu ser. Entretanto tal esperança é uma saudade tão profunda e quase infinda.
Não sei onde plantei meus lírios, se foi no meu espírito ou além do sol. Mas tire-me deste vazio escuro e frio.
Quero os teus braços para deitar- me ao seu lado mais uma vez antes de fechar os olhos e viver um sonho.
Os olhos cobertos, penso o que escrever. É como se transpassasse uma música e este entoar abrisse os olhos da minha alma. O que sinto é mais real que um simples sonho é meu coração cantando ao vento e ao mar todo o mar que há dentro do meu ser.
Tão bela melodia faz das minhas lágrimas cristais da minha saudade. Ó meu Senhor, por quê tão distante estou da flor que tanto amo. Mesmo tão longe meu coração pulsa o nome do meu lírio.
Teus olhos eu vejo quando passeio pelas praias brancas. Quanto tempo mais terei que andar para encontrar- te e envolver com os teus braços toda a minha saudade?
Se a tristeza me acompanha na manhã dos teus olhos eu danço junto dos teus braços em meio ao orvalho e beijo, e abraço até a tua alegria ter- me por completo e a tu’alma me amar e nunca mais acordar deste sonho.
Sou tão sozinho sem os teus carinhos, sem o teu olhar tímido, as vezes furtivo dos meus e as vezes tão feroz ao ponto de me darem coragem.
Donzela, sou assim jazido num mar de esperança onde a manhã me conserva vivo.
Ass.: Múcyo Alexandre (10/12/2008)
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