segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Carta a minha Flor II


    Estou nos teus braços, rente aos teus lábio, ao som dos teus sussurros como os meus desejos.

  Se fosse um sonho meu, sentirias nos meus lábios trêmulos, os teus doces beijos. E por sobre as flores sentirias o vento do teu perfume.

    Ó minha flor, quanto tempo mais me resta assim longe de ti. Ao passo que os dias são longos e as noites com uma infinda angústia que me fere o coração, onde uma lágrima escorre pela face da minh’alma caindo em um mar que se move com as vagas sob o triste luar.

   Os teus lábios como uma espada partiu meu coração em dois, ó donzela. E na sombra do vosso amor, onde me deito e espero- te no enlevo da noite, no compor dos dias, na de uma flor, ó amada minha.

  Uma luz como as dos teus olhos sobrenada pelo meu espírito como se fosse o vento quente da primavera por entre os campos do norte, beijando as muitas flores dos teus lábios.

    Encontrarei- te, nem que seja o entoar dos teus sussurros e pelo eco das teus últimos suspiros no lago das lágrimas do meu espírito pela noite nos teus olhos vejo o rio da tu’alma e na margem do seu espírito vejo um jardim de pálidos lírios sob a luz de belas manhãs. E novamente nos teus olho, vejo reflexo da minha dor; a brisa acaricia tua face, espalha os teus cabelos por sobre os teus ombros e quando toco- lhe nos lábios o perfume da sua pele penetra primeiro nas fibras carnais do meu corpo, depois misturando- se ao sangue. E quando assim tão longe de ti, consomes todo meu ser e da minha dor resta a tu, ó meu anjo, o meu singelo amor.

Múcyo Alexandre (11/07/2007)

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