O
caminho da vida é sempre linear e contínuo, não há como voltar e viver tudo
novamente, afinal, viver é sempre em frente, é sempre um passo depois do outro
mesmo caindo, machucando-se, errando. O fato, é que precisamos estar sempre
atentos se no dia fará sol ou chuva, ou se a saudade é algo suportável sendo
que se pode amar intensa e profundamente como se o amanhã não fosse mais
especial do que hoje, do que o agora.
Percebi que a vida é um eterno
arrependimento e tantas outras coisas que preciso aprender. Viver é cada dia se
sentir sozinho, é sentir saudade daquilo que jamais se teve, é chorar lágrimas
deliberadas a ninguém, é ouvir o coração bater em meio ao silencio. De repente,
no escuro ouvimos nossos sonhos sussurrarem ao vento até desfigurarem-se e
partirem para outra dimensão.
Gosto de acreditar que só se vive
uma vez dentre todas as possibilidades possíveis do certo e do errado. Mesmo se
a perspectiva for negativa o importante é levantar e sempre tentar, tentar e
tentar continuamente enquanto houver forças, não nas pernas, mas no espírito.
Cá estamos nós e se aqui chegamos
é porque existe uma força que nos move, mesmo que seja para o fim, nos move
para um desejo mútuo chamado: realização! Se alguém me perguntar se há algum
segredo para entender tudo e todos a nossa volta, a minha resposta é simplesmente,
não! Cada um de nós possui a sua vida e a conduz da forma que lhe convém. Porém,
existe uma constante, uma regra, talvez, que se chama amor.
Amar mesmo “desamando”... é o
mesmo que pensar mesmo não querendo. Confesso e ao mesmo tempo me contradigo
que perdi em algum lugar a capacidade de expressar tal sentimento. No entanto,
o que ainda me resta são antigas impressões, velhas sensações e uma profunda ausência.
Mas talvez um dia eu volte a escrever versos de lira. Contudo, pois, a saudade
me esconde do mundo e eu até prefiro que assim seja. Digo... Antes que o tempo
vele meus dias a única coisa que eu fiz nessa vida foi desejar a sua companhia
no dia em que olhei no mais profundo dos teus olhos para nunca mais esquece-los
e assim me recordo e esqueço...
(25/09/12)
Nenhum comentário:
Postar um comentário